Hoje pela manhã, recebi de uma grande poeta e não menos amiga, esta poesia que coloriu meu dia. Repasso.
RECICLAGEM
Na velha varanda invadida de verde
o sol varre as sombras e as sobras do tempo,
os sujos, os musgos, escuros murmúrios
vestígios de vidas , ruídos de antes
dos contratempos.
Fundo-me às marcas, manchas, cicatrizes,
ao cromo-limo que, como as paredes,
também sou eu um campo arqueológico
arcando aos anos mas deixando o sol
florir meus verdes.
MAJU COSTA
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
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4 comentários:
O poema se abre com o fonema /v/, mas a aliteração do /s/ (sombras, sobras etc.)imprimem o sentido do suave e calmo. O /u/ (sujo, musgos etc), leva ao tempo passando sobre as coisas.É quase musical. Mas na 2ª estrofe a vida se abre para a floração. É a matéria prima da palavra que constrói a poesia.
Marlene, além de escrever bem ainda desfolha as linhas, as palavras, os versos.
Que saudade de você!
Beijos,
Mônica
adoro a estacao globo mas como nao posso ir por que sr roberto irineu marinho me colocou presa e nao posso ir poir que esta cheio de policia
Oi, bom dia! Amei sua loja,textos, como tudo começou? Um híper abraço. Simone,RGS.Voltarei para ver teu comentário, grata!
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