sábado, 28 de junho de 2008
MANHÃ LITERÁRIA
Pelas barbas do profeta! Hoje o "Livros na Mesa" foi em local e horário novos, e apesar de não estar lotado, a qualidade do debate foi eletrizante!
Pela primeira vez adentrando os gramados do Palácio do Catete - aquele, onde aconteceu aquilo - chegava a Estação das Letras para mais um evento de troca de livros, em que a tônica é o escambo, ou seja, o velho sistema de trocas da Pré-História, "o meu Proust pelo seu Faulkner". Áureos tempos!, ou como diziam nossos ancestrais - como era gostoso o meu francês - chupando os ossinhos.
A troca foi concorrida, fazia uma manhã gloriosa com um solzinho maneiro de inverno (céu azul com uma camada de filó de nuvens) o que significa muita gente da 3a. idade, para usar um eufemismo estabelecido para gente velha, o ridículo sempre preferível ao verdadeiro.
O fato é que muitos que não conheciam a Estação e que não sabiam da troca, gostaram da idéia. Bingo!
Suzana Vargas vai providenciar para o próximo encontro um banner especial para anunciar o evento dia 26 de julho, que contará com a presença do nosso queridinho da Estação, o professor Joel Rufino dos Santos.
Mas neste sábado quem estava lá: Adriana Lunardi, a escritora brilhante de "Corpo estranho" e também o engenheiro-que-virou-escritor João Paulo Vaz, o rei dos contos!
Ela começou escrevendo diários, impulso que com o tempo se transformou e ficou mais civilizado, pois passou a escrever o que pensava sobre as coisas. Acha que a função da ficção é descobrir a realidade na irrealidade quotidiana.
Ele começou a escrever pois tinha interesse em mostrar a sua visão do mundo, numa escrita que levasse o leitor a uma viagem - o que descobria nos bons livros - contudo sem ter a sensação de ser o centro do universo, o que é recorrente em muitos iniciantes e blogueiros.
O escritor tem desafios que sente necessidade de experimentar, e o romance é um deles, para quem escreve contos. "O vínculo com o texto obedece a uma necessidade pessoal", disse Adriana, completando que o importante não é o que se escreve, se conto ou romance. A inspiração é aleatória.
Mas ambos vão partir para a experimentação, ela com um romance fragmentado, ele com um propriamente dito.
Depois foram alunos, editores, professores e a nossa madrinha, a Rainha da Bateria dos Unidos da Estação das Letras, Suzanita Bacana, almoçar uma feijoada quase-leve no Bar do Getúlio, aquele.
Todos à mesa escreviam, unanimidade que não era burra, enfim, mas bebiam chope e tentavam falar em um ambiente apinhado.
Mas terminar um debate literário numa mesa de bar, é, como diz o Leonardo Boff, "uma comensalidade que ontem nos fez humanos, continua ainda hoje a fazer-nos sempre de novo humanos: por isso, importa reservar tempos para a mesa em seu sentido pleno da comensalidade e da conversação livre e desinteressada. Ela é uma das fontes permanentes de refazimento da humanidade hoje globalmente anêmica". Cara!
Compareçam ao próximo! Estarão fazendo parte da RPPL: Resistência Pacífica em Prol da Literatura.
Saudações!
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2 comentários:
Suzanita Bacana e sua equipe arrebentam mais uma vez. O evento foi maravilhoso. Só olhar a hora da postagem original: 15:25. O pessoal vai lá, continua na esbórnia literária no Bar do Getúlio e temos um relatório poético-literário no Blog. Isso que é tchurma!!!!!
Avante Suzanita.
Beijos,
Dag Bandeira
Mônica querida (para quem não sabe, Mônica é a identidade da nossa porta-voz neste blog. Ela fala por nós)
Você é, de verdade, uma cronista também! Gostei da descrição da nossa manhã. Foi ótima mesmo!
Vamos repetir dia 26 de julho com o Joel Rufino!
Um beijo enorme e já estamos providenciando as providências!
Suzana Vargas
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