quinta-feira, 19 de junho de 2008

BOOKCROSSING



Esta notícia da revista digital "Envolverde", de meio ambiente e desenvolvimento, trouxe esta matéria inacreditável, num momento em que se discute, mais uma vez, o fim dos livros.
Salve, Literatura! Quem sabe, a Estação das Letras não possa ser uma zona de bookcrossing!


Rede promove a troca de livros pelo mundo

Por Bruna Souza, do Aprendiz

Com o objetivo de transformar o mundo todo em uma grande biblioteca, surgiu o Bookcrossing: rede literária sem fronteiras que promove a leitura por meio de trocas de livros.

Criado em 2001, nos Estados Unidos, o projeto foi baseado no Where’ s George? (em português, Onde está George?), movimento que rastreava, a partir do número de série, notas de dólares por meio da Internet. “Você podia descobrir o trajeto e a história daquela nota. Isso virou uma mania nos Estados Unidos e um americano quis fazer a mesma coisa com os livros”, conta a gestora de zonas Bookcrossing, Helena Castello Branco.

Para isso, foi criado o site Bookcrossing. Por meio da página, os membros podem se comunicar e compartilhar livros sem o empecilho dos limites geográficos.“Existem estantes online onde estão registrados os livros que os membros disponibilizam para troca, além de uma lista de obras que eles gostariam de adquirir. Quando um se interessa pelo livro do outro, trocam mensagens e decidem qual a melhor forma para que o livro possa viajar”, explica Helena.

A rede está presente em mais de 140 países, tem 680 mil membros e 5 milhões de livros cadastrados.
No Brasil desde 2001, a comunidade hoje conta com cerca de 4.100 membros espalhados por todos os estados do país.A troca de livros é feita geralmente pela Internet, mas há também as chamadas zonas de bookcrossing. Elas estão localizadas em cafés, restaurantes e estabelecimentos que disponibilizam parte de seu espaço.

“As zonas de bookcrossing são pontos de livros fixos. Os livros ficam lá e qualquer um pode pegar, inclusive pessoas que não são clientes do lugar. Em São Paulo (SP) existe uma zona de Bookcrossing em Perdizes, em uma creperia chamada Central das Artes”, lembra.

Além de tudo isso, o livro pode ser deixado em qualquer lugar público para que qualquer pessoa possa ler. “Os membros deixam os livros em shoppings, pontos de ônibus, no metrô ou em qualquer outro lugar em que possa ser encontrado. Quando uma pessoa acha, ela deve acessar o site e colocar lá o número de cadastro que o livro contém”, explica Helena, lembrando do conceito-chave desse movimento: Read, Register and Release (Leia, Registre e Liberte).

Além da comunidade virtual e das zonas de bookcrossing, o projeto também promove encontros de membros a cada dois meses para discussão e troca de livros. “Além da função de hobby, o projeto também tem uma função de cidadania, já que ele ressalta a importância da leitura para o conhecimento e cultura”, finaliza.
A relação entre a educação e as diferentes mídias como ferramentas para estimular práticas educativas (educomunicação).


Um comentário:

Tomás Mendes disse...

[...] Fiquei bastante impressionado pela ideia que, a meu ver, faz uma perfeita ligação entre o mundo virtual e o real. E para que é que queremos a Internet para além desta ligação? [...]

in Montra de Ideias